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domingo, 1 de novembro de 2009

CAI AMPLO O FRIO e eu durmo na tardança
De adormecer -
Sou, sem lar, nem conforto, nem esperança,
Nem desejo de os ter
E um choro por meu ser me inunda
A imaginação
Saudade vaga, anônima, profunda,
Náusea da indecisão.
Frio do inverno duro, não te tira
Agasalho ou amor.
Dentro em meus ossos teu tremos delira.
Cessa, seja eu quem for!

(Fernando Pessoa, 19-01-1391)

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