Fiquei tanto tempo pensando no que eu postaria que somente hoje de manha me ocorreu um bom tema!
Vejam o que não é o preconceito, e olha que eu estou falando de um tipo de preconceito BEM específico: o literário!! Desde os meus primeiros passos no mundo da literatura até a minha real descoberta no colégio, eu sempre odiei Macunaíma!
Era uma relação difícil e distante. Ouvia o nome da obra e eu já era tomada por um sentimento de enjoo, asco e horror sempre que pensava em todos os possíveis absurdos que estariam publicados ali.
O tempo passou e eu realmente consegui fugir dele, evitá-lo e deixá-lo de lado sempre que pensava nos clássicos (ou somente nos "bons").
Até.........
Que cheguei na graduação. Céus, como fui invadida por uma sensação ruim quando descobri que teria que lê-lo pra L. Brasileira I. Minha cara de espanto foi tão inevitável que eu estava sentada logo na frente quando a professora olhou pra mim e disse:
O tempo passou e eu realmente consegui fugir dele, evitá-lo e deixá-lo de lado sempre que pensava nos clássicos (ou somente nos "bons").
Até.........
Que cheguei na graduação. Céus, como fui invadida por uma sensação ruim quando descobri que teria que lê-lo pra L. Brasileira I. Minha cara de espanto foi tão inevitável que eu estava sentada logo na frente quando a professora olhou pra mim e disse:
-Nãoooo faz essa cara. Você vai ver que nem é tão ruim assim. Você digere num instante.
Pensei: "Deus, que eu fiz pra ter que ler ISSO?"
Mas não respondi. (bom senso faz toda a diferença nessas horas)
Chegou o feriado da semana santa.
Eu precisava fazer mil coisas, estudar mil textos atrasados e encarar o "santo" MACUNAÍMA.
Era tudo ou nada e ele devia ser lido naqueles dias, digerido, ou simplesmente INICIADO.
Decidida, num impulso, retirei-o da estante, joguei-me no sofá e comecei!
Ufa, o pior passo já havia sido dado.
Agora tudo era uma questão de disciplina e logo passaria da primeira página e, com muita sorte, do capítulo I.
Mas não respondi. (bom senso faz toda a diferença nessas horas)
Chegou o feriado da semana santa.
Eu precisava fazer mil coisas, estudar mil textos atrasados e encarar o "santo" MACUNAÍMA.
Era tudo ou nada e ele devia ser lido naqueles dias, digerido, ou simplesmente INICIADO.
Decidida, num impulso, retirei-o da estante, joguei-me no sofá e comecei!
Ufa, o pior passo já havia sido dado.
Agora tudo era uma questão de disciplina e logo passaria da primeira página e, com muita sorte, do capítulo I.
tic tac tic tac
Duas horas depois, mal havia sentido o tempo passar e quando dei por conta, estava terminando o capítulo V.
Obviamente que as aulas que antecederam essa leitura foram fundamentais para que eu entendesse todas as suas metáforas, sem achá-las um inevitável absurdo.
Bom...se você ALGUMA vez teme medo, ódio, receio, raiva ou simplesmente até teve coragem pra iniciá-lo, mas logo de cara desistiu, heis minha experiência com MACUNAÍMA e eu espero que te ajude a ver que NEM é tãoooo péssimo quanto a gente pensa!!!
Obviamente que as aulas que antecederam essa leitura foram fundamentais para que eu entendesse todas as suas metáforas, sem achá-las um inevitável absurdo.
Bom...se você ALGUMA vez teme medo, ódio, receio, raiva ou simplesmente até teve coragem pra iniciá-lo, mas logo de cara desistiu, heis minha experiência com MACUNAÍMA e eu espero que te ajude a ver que NEM é tãoooo péssimo quanto a gente pensa!!!
Beijooss e boa semana!
3 comentários:
A culpa é toda dos professores do Ensino Médio que obrigam você a encarar esse personagem maluco a adquirir um sério preconceito contra o santo Mario de Andrade. Ainda bem a Yudith Rosenbaun existe, só assim pra eu amar Mario. S2
Com certeza uma boa aula sobre o livro ajuda a diminuir o trauma, ler algo sem entender é péssimo. =P
Mas eu acho também que um estudante de Ensino Médio não é leitor maduro o suficiente pra conseguir tirar o melhor da obra. Se eu tivesse lido no colégio, provavelmente teria odiado também.
(Talvez até Os Sertões eu conseguiria encarar hoje...)
Yudith faz milagres, pessoar... xD
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