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Welcome to Ward six.

sábado, 3 de outubro de 2009


 Por mais difícil que tenha sido escolher o tema, gosto da idéia de começar minha história nesse blog falando de uma das mais geniais séries que existem, House.






Para contextualizar quem ainda não conhece, House é um drama de investigação médica em que um homem bastante mau-humorado, viciado em Vicodin e misântropo resolve casos aparentemente insolucionaveis. Ele e sua equipe usam métodos pouco tradicionais para diagnosticar e tratar dos pacientes, como invadir suas casas, coagi-los e enganá-los para que aceitem o tratamento. (Para mim, a graça é que Greg simplesmente não se importa com eufemismos, diz a verdade de forma direta e não liga para o que isso pode causar.)

Durante cinco temporadas, os episódios seguiram uma fórmula, começando fora do hospital Princenton Plainsboro, introduzindo o expectador ao paciente que subitamente passa mal ou desenvolve algum sintoma estranho. O sintoma é escrito no quadro branco e as personagens começam a investigação (inspiradas nos livros de Sherlock Holmes) e pelo método socrático de pensamento, testam tratamentos até resolverem o enigma. Diversas vezes pacientes omitem fatos dos médicos, dificultando seu trabalho e colocando a própria vida em risco, House então, prefere evitar contato com eles. Daí a frase tão famosa: "Everybody Lies" (todo mundo mente).

Falando em frases, veja algumas:

"As pessoas mentem por vários motivos , mas sempre existe um motivo. A constante é que as pessoas mentem, a variável é o motivo.“

“Preciso ir, o prédio está cheio de pessoas doentes. Se correr, talvez consiga evitá-las”

“Se você fala com Deus, você é religioso. Se Deus fala com você, você é psicótico”

“Ainda é ilegal fazer autópsia em uma pessoa viva?”

“Como disse o filósofo Jagger uma vez: ‘Você não pode ter sempre aquilo que quer’”

"As pessoas não mudam."

“Fazendo de propósito, evitam-se os acidentes”

"Tive um ataque do coração essa manhã. Não posso usar drogas até a hora do almoço."

"Esperança é para maricas."
 
Essas ironias são o charme do doutor ranzinza. É delicioso assistir aos episódios e vê-lo falar tudo aquilo que você, devido a polidez que a sociedade pede, não pode dizer.
Acontece que House vai se afundando cada vez mais no vício, na propria misantropia e começa a perder a razão. A quinta temporada, depois de muitos altos e baixos, e com alguns personagens a menos, termina com Greg ingressando em um hospital psiquiátrico. E é ai que entra o episódio que me fez escrever esse post: Broken, o primeiro episódio da sexta temporada da série.




House mostra pela primeira vez seu lado humano e interage honestamente com as pessoas ao seu redor. Vemos que existe um coração por trás daquela genialidade toda. Além disso, em termos técnicos é um episódio quase perfeito: sem a abertura inicial clássica (teardrop - massive attack) e sem os personagens regulares, o episódio já anuncia que será diferente de tudo que já vimos até aqui. Agora, Greg é o paciente e nos faz, durante 90 minutos, sentir que ele estava errado, que as pessoas podem mudar.

Claramente influenciado por 'Um Estranho no Ninho' e Ward Six (conto de Tchekhóv), o episódio começa com House se desintoxicando (ao som de No surprises - Radiohead). Após esse processo, ele decide sair da clínica mas é impedido pelo Dr. Nolan, para que termine o tratamento. House então declara guerra e tenta transformar o hospital em um inferno para conseguir o que quer: Ele coage os pacientes, inferniza as enfermeiras e causa uma rebelião. Porém, Dr. Nolan é um adversário à altura e a estratégia não dá certo. Aos poucos, as pessoas daquele lugar o tocam e vemos, pela primeira vez na série, um Gregory House diferente que se relaciona com as pessoas, sem suas habituais defesas.  Porém com o mesmo sarcasmo e ironia de sempre.

Além do Dr. Nolan, duas personagens destacam-se: Alvie, um porto-riquenho hiperativo que serve como escape cômico e Lydia (Franka Potente, de Corra, Lola, Corra) com quem House se envolverá. Há também outros, como Steve, que acredita ser um superherói, a cunhada de Lydia que não fala há uma década, outro viciado em remédios, um claustrofóbico, um paranóico, uma suicida e um anoréxico. Matéria prima de sobra para um episódio que mais parece um filme.





"They didn't break me. I am broken. Now stop worshipping me and go worry about your own loser life"

Veja a promo:



Se você não assiste House ainda, tá esperando o quê?


Laís

3 comentários:

Blog da Lu disse...

Adoro House... adorei o post!!!

Bjus

Carol Reis. ♥ disse...

Eu PRECISO baixar House. Ontem. ^^

Ligia =) disse...

Adorei o post!
Muito legal esse formato de episódio diferente.
Adoro House, apesar de não assistir faz muito tempo...
Tá na lista! :]

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